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Harry Laus – Respeito e reconhecimento

 

Instituto Homenagem destaca atuações e constrói memória

Alinhados aos interesses do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação e do programa educativo que busca ampliar as reflexões em torno das exposições, seus conceitos curatoriais e educativos, aprofundar também a análise da história e do sistema de artes visuais, a ação Instituto Homenagem torna pública a admiração e respeito, elegendo anualmente uma personalidade pública de destaque, reconhecida por sua atuação teórica, autoral, curatorial, crítica ou no papel de historiador, produtor, gestor, jornalista com carreira profissional no fomento das artes visuais. As homenagens são póstumas e objetivam construir uma memória sociocultural.

O primeiro Instituto Homenagem, realizado entre 2022 e 2023, destaca Harry Laus, uma personalidade complexa que deixa um legado valioso no campo das artes visuais e da literatura de Santa Catarina. Natural de Tijucas, nascido 11 de dezembro de 1922, ele morre em Florianópolis, em maio de 1992. Para marcar o seu centenário, completado em 2022, seis instituições estabelecem uma parceria para prestar um tributo composto por quatro ações – encontros com convidados de diferentes áreas do saber que ajudam a compor a grandeza deste intelectual.

Carlos Humberto Corrêa (1941-2010), historiador, professor e escritor, é o próximo homenageado deste programa Instituto Homenagem do Instituto Collaço Paulo.

 

Vida e contribuições engajadas

Jornalista, crítico de arte, escritor e gestor de museus, Harry Laus (1922-1992) vive a infância em uma família de escritores e artistas. Homem de diferentes atributos, serve o Exército brasileiro de 1946 a 1964, sendo transferido para a reserva no posto de tenente-coronel. Nos anos em que mora no Rio de Janeiro e São Paulo, tem intensa atividade jornalística, escreve sobre arte em veículos como o Jornal do Brasil e as revistas Veja e Senhor, e priva da amizade de artistas e intelectuais renomados. Depois de morar em mais de 40 cidades do Brasil, retorna para Santa Catarina em 1976 como um dos críticos de arte mais respeitados do país, carreira iniciada em 1961. No Estado, exerce o papel de crítico, de modo sistemático, nos jornais A Notícia e Diário Catarinense.

Dirige o Museu de Arte de Joinville (MAJ) entre 1980/82 e administra o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), entre 1985/87 e 1989/92, períodos de efervescência cultural no Estado. Integra a Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA) e a Associação Internacional dos Críticos de Arte (Aica).

Como escritor publica 12 livros, entre romances, novelas e contos. Traduzido na França, se consagra com “Monólogo de uma Cachorra Sem Preconceitos”, “As Horas de Zenão das Chagas” e “Os Papéis do Coronel”. No campo das artes, escreve o “Indicador Catarinense das Artes Plásticas”, importante fonte de pesquisa. Profundo articulador, com conhecimento descobre talentos, aproxima pessoas, produz pensamento crítico, alavanca autoestimas. Promove panoramas, retrospectivas, perspectivas, como denominava as mostras que faz questão de levar para outros Estados do Brasil. In memoriam, é homenageado em 1993 ao dar o seu nome à uma sala especial climatizada do Museu de Arte de Santa Catarina e, em 1997, recebe a Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa.

 

Homem Plural: parceria e ações

As atividades em torno do centenário de Harry Laus começam em dezembro de 2022. Seis instituições – Fundação Catarinense de Cultura (FCC), governo do Estado de Santa Catarina, Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), Museu da Imagem e do Som (MIS), Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estabelecem uma parceria e montam o programa Homem Plural – 100 Anos de Harry Laus que consiste em quatro ações com dez convidados e dois mediadores.

A comissão organizadora do evento é composta inicialmente por Susana Bianchini, diretora do Masc, substituída por Liliana Alvez, diretora de arte e cultura da FCC; Maria Helena Barbosa, do Núcleo Educativo do Masc; Teresa Collares, gestora cultural e diretora da empresa Rede Marketing Cultural; Néri Pedroso, jornalista que representa o Instituto Collaço Paulo e Patrícia Amante, artista e professora de oficinas de arte no CIC.

Os vínculos com o homenageado, as conexões afetivas e a busca de reconhecimento determinam a escolha dos convidados do programa Homem Plural, que ajudam a compor um possível perfil deste intelectual que deu enorme contribuição ao campo cultural de Santa Catarina.

 

Entrelaçamentos entre o cinema e os arquivos

A primeira das quatro ações do programa Homem Plural – 100 Anos de Harry Laus ocorre em 7 de dezembro de 2022, no Espaço Claraboia, do Masc. Na ocasião, os convidados e discussões presenciais alinhavam memórias e análises sobre a amplitude deste legado. O primeiro encontro e bate-papo com o público entrelaça o cinema e os arquivos, uma faceta do homenageado que, por hábito, tudo documenta. Aprecia listar e sistematizar informações. Ronaldo dos Anjos, diretor de cinema, e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da UFSC, revisitam vida e obra.

Antes das falas, são exibidos “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, vídeo de um minuto, feito para o Festival do Minuto. “O Santo Mágico”, curta-metragem de 35mm de Ronaldo, baseado na novela de Laus escrita em 1982, rodado em 2002, tem locações em Porto Belo, Biguaçu e Florianópolis. No elenco, em destaque estão Sérgio Mamberti, Édio Nunes, Werner Schünemann e Giovana Gold. Selecionado para o 14º Festival Internacional de São Paulo e o 27º Festival Guarnicê de Cinema, o filme integra o 8º FAM, no qual conquista uma menção honrosa. “O Santo Mágico” é o primeiro de uma trilogia místico-cinematográfica inspirada na literatura catarinense que segue com “Astherus” (2012) e fecha com “O Demônio e as Margaridas” (2016).

Doutora em letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), com uma linha de atuação no campo da linguística, das letras e artes, literatura brasileira e teoria literária, Tânia Regina Oliveira Ramos fala dos arquivos de Harry Laus. Ela atua na UFSC, onde mantém proximidade com os documentos doados à instituição e disponíveis no Núcleo de Pesquisa de Literatura e Memória (Nulime) do curso de pós-graduação em literatura, que ela coordena. Memorialista e contumaz arquivista, o escritor arquiva papéis, originais dos livros, cartas, recortes de jornais, fotografias, relatórios. O valor e as descobertas feitas neste arquivo entram na abordagem de Tania Ramos.

A mediação fica ao encargo da jornalista Simone Bobsin, com atuação nas áreas de arquitetura, design, arte e décor. Fundadora e editora da plataforma ArqSC, uma das mais importantes do Estado, com criteriosa divulgação de agenda cultural, ela agencia eventos.

 

O convívio, a família, o homem

A segunda ação, em 12 de abril de 2023, na Sala Lindolf Bell, no CIC, ganha análises sob nova faceta, agora pela ótica familiar. Dois sobrinhos-netos e um sobrinho trazem recortes inusitados sobre o homenageado. Beto Laus, Alemão Bayer, nome de Ildefonso Bayer Reichmann, e Cesar Laus trazem as singularidades do convívio. Família substancial na história literária de Santa Catarina, a presença intelectual dos Laus se circunscreve pela contribuição de Harry Laus e das irmãs Ruth, Esther, Celeste, Cora e da prima Lausimar, todas autoras de livros ficcionais ou não.

A mediação é feita por Marcello Carpes, formado em licenciatura em artes visuais, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), é vice-presidente da Associação de Produtores e Arte Educadores em Cultura Urbana de Florianópolis (Apaecuf), gestão 2019-2023. Atua como artista, curador independente e arte educador. Atualmente trabalha, em caráter terceirizado, no Núcleo de Ação Educativa (NAE), do Masc, como arte educador.

No terceiro encontro, em 19 de abril de 2023, na Sala Lindolf Bell, no CIC, três convidados abordam a atuação de Laus em dois importantes museus de Santa Catarina. “Laus na Gestão do Museu de Arte de Joinville (MAJ) e no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)” enfoca o trabalho realizado como diretor do MAJ entre 1980/82 e do Masc entre 1985/87 e 1989/92, períodos de efervescência cultural no Estado. O tema é apresentado por Teresa Collares, que sucede Laus na administração do Masc após a sua morte em 1992; Filomeno, ex-diretor das Oficinas de Arte do CIC e Loro, artista visual.

Os três vasculham a própria memória na tentativa de análise de um legado que resulta na profissionalização dos espaços museológicos, na projeção de novos artistas, na necessidade de se constituir autoestimas e uma história no campo das artes visuais.

Por fim, as falas de Sandra Makowiecky e Joca Wolff encerram, no dia 26 de abril de 2023, na Sala Lindolf Bell, no CIC, o programa Homem Plural – 100 Anos de Harry Laus. “Literatura e Crítica de Arte” é a abordagem que conecta os dois convidados, ela professora de estética e história da arte do Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, na linha de teoria e história da arte, presidente da ABCA e integrante da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica), do Comitê Brasileiro de História da Arte, da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Autora de livros e inúmeros artigos, tem um currículo extenso.

Wolff, por sua vez, traz a sua experiência como tradutor e professor associado de literatura brasileira na UFSC, coordenador do Programa de Pós-graduação em Literatura na mesma instituição e coeditor da revista Landa para pensar um pouco da produção literária de Laus, expressiva, porém pouco conhecida em Santa Catarina. Amigo pessoal do homenageado, desfruta do convívio, tendo inclusive viajado juntos. Fala, portanto, pontuada pelo afeto, o conhecimento literário e crítico em torno de uma trajetória como escritor.  Wolff é autor de “Mário Avancini. Poeta da Pedra” (Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1996), “Julio Cortázar. A Viagem como Metáfora Produtiva” (Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1998), “Pateta em Nova Yorque” (Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2002), “Telquelismos latino-americanos. A Teoria Crítica Francesa no Entre-lugar dos Trópicos” (Grumo, 2009; Papéis Selvagens, 2016) e “Viagem a Corbilot” (Cultura e Barbárie, 2020); coautor e coorganizador do “Indicionário do Contemporâneo” (Editora UFMG, 2018; EME Editorial, 2021). Tradutor de ensaio, ficção e/ou poesia dos argentinos Ana Porrúa, César Aira, Arturo Carrera, Daniel Link, Fabián Casas, Roberto Ferro e Carlos Ríos, do equatoriano Pablo Palacio, do mexicano Mario Bellatin e do poeta francês Christian Bouthemy.

Os encontros podem ser vistos na íntegra no canal do Youtube da Fundação Catarinense de Cultura, através do link: https://www.youtube.com/playlist?list=PLkIFs38toYq_KjxXPWynHYPb3pgNc2QP-

 

Cesar Laus Simas (esq.), Patrícia Amante, Teresa Collares, Maria Helena Barbosa, Beto Laus, Alemão Bayer, Cristina Maria Dalla Nora e Marcelo Carpes – comissão organizadora, o mediador e a família do homenageado. Foto Divulgação

 

Avaliações de participantes

Com baixa participação de artistas contemporâneos de Florianópolis em eventos de reconhecimento de atuações neste campo de atuação, a ceramista Ilca Barcellos faz a exceção na plateia, marca presença, acompanha parte do evento. E explica: “Apaixonei-me pelo Laus no 9º Gerações Masc – Museu em Movimento, em 2015, na fala “Harry Laus – O Homem dos Despertadores”, cheia de afeto e admiração por esse jornalista, escritor e crítico de arte que eu mal conhecia. A partir daí, passei a me interessar por sua obra”, diz ela que também define como prazerosa a escuta e o “reviver das memórias vividas” entre Laus e o professor Joca, nos relatos da viagem pelo interior da França.

Destaca ainda a lembrança da “querida Zahidé Lupinacci Muzart (1939-2015), editora e professora de literatura da UFSC que contribuiu para o conhecimento e a tradução da obra literária do Laus”. Ilca também agradece e reconhece o empenho de Sandra Makowiecky que, “ com propriedade intitula sua fala ‘Harry e os Demais’. Fiquei impressionada com a rede de pessoas apresentadas e de saber que todos esses personagens contribuíram direta ou indiretamente para o legado de memórias deixados pelo homenageado”.

Joca Wolff classifica como um privilégio ter conhecido Harry Laus de perto nos últimos anos de vida, alguém que situa como um farol em sua vida. “Uma satisfação grande ser instigado pelo evento a voltar à vida-obra de Laus que, como vemos, segue borbulhando nos corações e mentes de muita gente”.  A fala de Wollf demonstra a importância do homenageado no seu próprio desenvolvimento enquanto pessoa e escritor – “um escritor que tem dado mais ênfase à faceta de tradutor”.  Nos anos 1980, na França, tem a oportunidade de conhecer o admirável modo de traduzir de Claire Cayron. Através de seus trabalhos tradutórios – Miguel Torga, Harry Laus, Caio Fernando Abreu -, vislumbra para si mesmo um futuro de tradutor primeiro do francês e atualmente do espanhol.

Em relação ao título do evento Homem Plural, Wollf pontua que, na verdade, se trata de alguém multiplural, “cuja contribuição às artes brasileiras – como crítico, como escritor – é bem conhecida. Mas não o suficiente, longe disso”. Entende que o seu livro mais significativo, mais ousado, mais transgressivo é “Monólogo de uma Cachorra Sem Preconceitos” em que, em termos de exigência e radicalidade estética, o autor chega mais perto dos preceitos de seu mestre, o poeta Mário Faustino (1930-1962). Sobre o formato do evento, elogia: “Bem pensado, com a condução serena e inteligente do Marcelo. O espaço em que foi realizado, super agradável, também condizente com a persona de Laus, ou seja, dentro de um centro de cultura e de uma sala de exposições”.

Já a administradora do Masc, Ana Maria Weschenfelder, afirma que comemorar o centenário de Harry Laus com um tributo tão significativo, relembrando a seus contemporâneos e revelando às novas gerações um “homem plural”, é fundamental na preservação de sua memória — ainda viva no afeto de muitos. “Parabenizo os colaboradores das instituições envolvidas na organização dos encontros que pontuaram as diferentes nuances do repertório de Laus. Obrigada, Masc, MIS, Instituto Collaço Paulo, ABCA e UFSC”.

 

Programação

7.12.2022 – Laus no Cinema e Os Arquivos

Convidados: Ronaldo dos Anjos, com exibição do filme “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da UFSC.

12.4.2023 – Vida e Obra – Um Breve Perfil Biográfico

Convidados: Beto Laus, César Laus e Ildefonso Bayer Reichmann (Alemão Bayer)

19.4.2023 – Laus na Gestão do Museu de Arte de Joinville (MAJ) e no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)

Convidados: Maria Teresa Collares, sucessora de Laus na administração do Masc, Onor Filomeno – ex-diretor das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC) e Loro – Lourival Pinheiro de Lima, artista visual.

26.4.2023 – Literatura e Crítica de Arte

Convidados: Sandra Makowiecky, presidente da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA) e Joca Wolff, professor de literatura na UFSC, que faz uma abordagem do Laus como escritor.

 

Breve currículo dos convidados

Alemão Bayer (ou Ildefonso Bayer Richmann) – fotógrafo. Neto de Esther Laus Bayer, irmã de Harry Laus, é sobrinho-neto. Conviveu bastante com o tio Laus nos anos de 1975/85, inicialmente em Florianópolis e depois em Porto Belo (SC).

Beto Laus –  nasce em Blumenau (SC) em 1949. Aos 20 anos, vem para Florianópolis, onde vive até hoje. Com formação contábil/administrativa, é especializado em comércio exterior. Trabalhou no antigo Besc, até se aposentar em 1998. Em Blumenau, atuou como jornalista em um veículo de comunicação, fez o talk show “Ponto Chique” no SBT/SC, no qual entrevistava pessoas de referência para jovens buscarem suas carreiras. Em 1999, é investido no cargo de Comendador-Mor Máximo & Soberano do Almoço das Estrelas, evento realizado até 2019.

César Laus Simas – formado em jornalismo e professor universitário aposentado. Como professor leciona nas universidades Univali (campus São José e Itajaí) e na Estácio de Sá (campus Florianópolis), nos cursos de comunicação, administração e engenharia sanitária ambiental. Atua como jornalista nos veículos O Estado, Diário Catarinense e o Jornal de Santa Catarina. Edita dezenas de livros e revistas, e dirige a Editora BLS (Editora Laus). Na televisão, trabalha na TV O Estado, TV Barriga Verde e na então RBS/TV, todas em Florianópolis. Atualmente integra projetos na área de Marketing Político e Eleitoral criando e atuando em campanhas.

Joca Wolff (ou Jorge Hoffmann Wolff) – tradutor e professor associado de literatura brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Autor de “Mário Avancini. Poeta da Pedra” (Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1996), “Julio Cortázar. A Viagem como Metáfora Produtiva” (Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1998), “Pateta em Nova Yorque” (Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2002), “Telquelismos latino-americanos. A Teoria Crítica Francesa no Entre-lugar dos Trópicos” (Buenos Aires: Grumo, 2009; Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2016) e “Viagem a Corbilot” (Desterro: Cultura e Barbárie, 2020); coautor e coorganizador do “Indicionário do Contemporâneo” (Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018; La Plata: EME Editorial, 2021). Tradutor de ensaio, ficção e/ou poesia dos argentinos Ana Porrúa, César Aira, Arturo Carrera, Daniel Link, Fabián Casas, Roberto Ferro e Carlos Ríos, do equatoriano Pablo Palacio e do mexicano Mario Bellatin, além do poeta francês Christian Bouthemy. É coeditor da revista Landa e coordenador do Programa de Pós-graduação em Literatura da UFSC.

Loro (ou Lourival Pinheiro de Lima) – nasce em Florianópolis, em 1947, participa do movimento artístico de Santa Catarina desde 1975. Em 1976, viaja aos Estados Unidos, onde estuda na Art Students League, em Nova York. Traz no currículo, inúmeras exposições individuais e coletivas no âmbito nacional e internacional. É membro da Academia Catarinense de Letras na cadeira de número 28, cujo patrono é o artista Hassis. Em mais de 40 anos de produção artística, o artista sempre buscou reinventar sua linguagem na pintura, na escultura, na gravura e no desenho.

Teresa Collares – gestora cultural, licenciada em artes, tem especializações em estudos culturais, marketing, gestão de marketing empresarial e gestão cultural. Faz curso de conservação e restauro na Fundação Casa de Rui Barbosa e estágio de dois anos no ateliê de Conservação e Restauro da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). A partir de 1983, desenvolve a função de técnica em assuntos culturais na FCC, onde também administra o Museu de Arte de Santa Catarina, entre 1992 e 1998.

Onor Filomeno – nasce em Florianópolis em 1962. Artista plástico, artista gráfico, escritor e publicitário, estuda gravura, pintura, desenho e escultura na Escola Nacional de Belas Artes e Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro (1980/81). Retorna em 1981 a Florianópolis, onde funda o Clube da Gravura de Santa Catarina com Jayro Schmidt. Em 1986, assume a direção geral das Oficinas de Arte do Masc e com Hugo Mund Junior, ex-professor da Universidade de Brasília, instala um conjunto de oficinas interligadas e articuladas marcadas por uma intensa experiência de produção, pesquisa e ensino das artes. As oficinas promovem palestras, publicações de álbuns, jornais culturais, livros artesanais e uma série de catálogos para divulgar a produção e os artistas de Santa Catarina. Mora em Paris em 1989, onde estuda gravura e, no seu retorno ao Brasil, em 1990, funda a agência de publicidade HUB Criação.

Ronaldo dos Anjos – jornalista e produtor audiovisual. Foi assessor de imprensa da Fundação Catarinense de Cultura e o primeiro administrador do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina. No vídeo, conquistou prêmios com documentários e ficções produzidos nas bitolas VHS e S-VHS. Como diretor e roteirista, ao migrar para as bitolas profissionais, película e digital, teve sua trilogia premiada adaptando contos de escritores catarinenses para o cinema.

Sandra Makowiecky – professora de estética e história da arte do Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, na linha de teoria e história da arte, preside atualmente a Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), a primeira representação catarinense na mais antiga associação brasileira de profissionais da área das artes visuais criada em 1949. Não é pouco, tendo em vista que o cargo quase sempre foi ocupado por homens, cuja atuação se dava no eixo Rio-São Paulo. Integra também a Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica), o Comitê Brasileiro de História da Arte, a Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas e o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Autora “A Representação da Cidade de Florianópolis na Visão dos Artistas Plásticos”, obra de fôlego que é o resultado da tese de doutorado, e de muitos outros livros e inúmeros artigos, tem um currículo extenso.

Tânia Regina Oliveira Ramos – professora titular de literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Literatura e Memória (Nulime), editora da revista “Estudos Feministas” e uma das organizadoras do espaço virtual de literatura catarinense, o portal Catarina. Pesquisa e atua nos programas de graduação e pós-graduação da UFSC nas linhas de gênero e subjetividade, história e memória.

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