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Acessibilidade e inclusão são compromissos do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação que coloca a Coleção Collaço Paulo a serviço de um programa educativo para Florianópolis. Em consonância, o Núcleo Educativo mantém aberta a recepção de pessoas com deficiência. A inserção de uma ação voltada a esse público na 18ª Primavera dos Museus, no dia 27 de setembro, aproximou a instituição e a Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae/SC), de São José, quando 13 estudantes e três professoras acompanharam uma visita mediada à exposição “Etérea” com o arte educador Marcello Carpes, seguida por uma atividade prática no Ateliê de Imersão. A atividade lúdica ajuda a estimular a observação, a percepção visual, a criatividade e a imaginação.

“Diálogo e Percurso Inclusivo com a Apae” buscou criar noção de pertencimento junto ao espaço expositivo, proporcionando, a partir do diálogo, uma prática artística. A visita envolveu dois momentos: a mediação pela exposição, a partir de algumas obras selecionadas, e a proposta imersiva no ateliê, utilizando recortes de detalhes de imagens e tintas à base de água.

 

Encontro com Aflodef

No começo de setembro, 12 frequentadores da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos de Florianópolis (Aflodef), acompanhados por dois assistentes sociais e dois familiares, apreciaram a mostra “Etérea”. A partir das reflexões do encontro, na observação de algumas obras na exposição, eles aprofundaram de modo lúdico a experiência inclusiva no Ateliê de Imersão.

A visita no dia 6 de setembro, situa Joana Amarante, coordenadora do Núcleo Educativo no Instituto Collaço Paulo, envolveu 16 participantes, composta por adultos e idosos com deficiências físicas. A oficina prática “Entre Olhares”, a mesma desenvolvida com o grupo da Apae no dia 27 de setembro, estimulou a descoberta das obras de arte a partir dos olhares representados pelos artistas. A atividade enfatizou a atenção aos detalhes, identificando os símbolos e composições visuais.

“O instituto vem promovendo ações de inclusão desde a sua inauguração há dois anos. Recebemos bebês, realizamos mediação com o público da Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic) e, agora, atuamos com a Apae e Centros de Referências Sociais (Cras), ambos de São José (SC), e a Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef), de Florianópolis. É um trabalho que está se desenvolvendo aos poucos, porém, o retorno é imenso quando escutamos dos professores e assistentes sociais que essas oportunidades são únicas aos estudantes e frequentadores das associações e centros, muitos vindo pela primeira vez em um espaço de artes e até mesmo saindo do bairro. Grande parte desse público, vive em situações de vulnerabilidade social e econômica, o que impede o deslocamento e até o pertencimento em ocupar outros espaços da cidade. A acessibilidade não para por aqui, há muito a ser feito, com a ampliação e a consolidação a partir desses contatos”, diz Joana Amarante.

 

Outras iniciativas

O compromisso do Instituto Collaço Paulo na promoção do acesso a todos os seus públicos, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou cognitivas, se concretiza na agenda de trabalho da equipe com a realização de visitas mediadas para grupos especiais, oferta de conteúdos auxiliares ao percurso expositivo e a produção de videoguias para ampliar a acessibilidade em libras aos trabalhos artísticos reunidos nas mostras “Elke Hering – Metamorfoses”, “Etérea” e em breve “Máscara Humana”, com obras de Rodrigo de Haro.  Veja em: https://www.youtube.com/@institutocollacopaulo.

 

Júlia Heidmann/Foto Divulgação

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