Moradores do bairro Coqueiros, amigos, professores, artistas, estudantes vindos de van, outras que vieram de micro-ônibus, mulheres em grupo, casais enamorados, gente sozinha ou com criança, idosos, famílias em passeio cultural, jornalistas e curadores. Agosto e setembro, os dois primeiros meses de existência do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, foram intensos. Mais de mil visitantes conheceram a casa e apreciaram as 70 obras de 34 artistas brasileiros ou radicados no Brasil.

O receptivo, conduzido por Julia Bayer Haidemann, assinala a entrada de pessoas representativas de quatro países – Brasil, Estados Unidos, Itália e México, de inúmeras cidades catarinenses e dos Estados da Bahia, do Pará, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo. A exposição “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930” se estende com entrada gratuita até 21 de janeiro de 2023, de segunda a sábado, entre 13h30 e 18h30.

O setor Educativo trabalhou intensamente, atendeu pedidos que sinalizam uma diversidade de interesses em torno da Coleção Collaço Paulo. Profissionais de diferentes áreas de atuação e grupos de estudo ou trabalho, como a Bk Training, os técnicos administrativos do Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), alunos das disciplinas de pintura e a de agenciamentos culturais da mesma instituição, mulheres dos vice-presidentes regionais da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), estudiosos de história da arte, como o da Helena Fretta Galeria de Arte e os participantes do projeto Arte e Vida da igreja presbiteriana, com coordenação da professora Rose Debiazi.

O professor Christian Conceição Fernandes, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Florianópolis, aproveitou a exposição para dar aulas de cultura visual: leitura e história da imagem e o mesmo fez o professor Otto Francisco de Souza que trouxe de Joinville dois grupos de estudos.

Outras escolas estiveram representadas no 1º Encontro com Professores: Mais humano, uma ação de formação sobre a exposição em cartaz. Organizado pelos professores Rodrigo Cantos e Simone Cintra envolveu os núcleos de educação infantil municipal (Neim) Maria Nair da Silva, do bairro Rio Tavares, Joel Rogerio de Freitas, do Monte Cristo, e as escolas básicas municipais (EBM) Brigadeiro Eduardo Gomes, Campeche, Albertina Madalena Dias, da Vargem Grande, e Pe. João Alfredo Rohr, do Córrego Grande.

Carolina Loch, representante institucional da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba e diretora do Museu de Arte Contemporânea do Paraná também marcou presença em busca de conhecimento e interlocuções com o Instituto Collaço Paulo. Já a pesquisadora e professora Luana Wedekin veio acompanhada por sua orientanda Camila Vieira de Aquino Mio, mestranda na linha de teoria e história do programa de pós-graduação em artes visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O futuro das pesquisas da estudante estará ancorado em um recorte da Coleção Collaço Paulo.

Joana Amarante, coordenadora do Educativo, define o período inaugural como uma experiência oportuna em contato com alunos e professores de escolas públicas e privadas de Florianópolis, das regiões norte, sul, leste, oeste e continental. Entre conversas e atividades com desenho de observação, tintas à base de água, além de outros materiais e práticas, reflexões sobre a exposição e a arte brasileira.

Sábados com Arte, um dos programas do Plano Educativo

No ajuste de demandas e conceitos do Plano Educativo, institui-se o Sábados com Arte em 17 de setembro. A ação carrega o sonho de formação intergeracional e a possibilidade de envolver as famílias no contato com os espaços culturais. Todos os sábados, a instituição oferece visitas mediadas, às 15 horas, podendo envolver práticas imersivas ou não.

O primeiro Sábados com Arte trouxe cerca de 30 pessoas que vieram com cadernos, lápis e aquarelas para representar as singularidades arquitetônicas ou ambientais da casa e da exposição. Criado em Florianópolis em 2016, o Urban Sketchers registra a paisagem urbana e adota os princípios internacionais que estimulam o desenho de observação, o apoio mútuo e a expressão individual.

No mesmo sábado, o instituto também recebeu um grupo de Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ciceroneado por Rodrigo Stüpp, do projeto Guia Manezinho, que propõe caminhadas para conhecer os roteiros turísticos, culturais e históricos de Florianópolis.

SERVIÇO

O quê: Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Cultura, exposição “Mais Humano: Arte no Brasil de 1850-1930”

Quando: Até 21.1.2023, segunda a sábado, 13h30 às 18h30

Onde: Rua Desembargador Pedro Silva, 2.568, bairro Coqueiros, Florianópolis (SC), Brasil, tel.: (48) 3025-4058

Quanto: Gratuito

Eliseu Visconti. A Visita, 1927. Óleo sobre tela. 115 x 89 cm

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